quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Pássaro de asa partida
Devemos lembrar-nos sempre que se nos aparece um passarito de asa partida, e o conseguir-mos tratar, ou pelo menos fazer sentir melhor, ele mais tarde ou mais cedo irá bater as asas novamente e seguir o seu caminho...
terça-feira, 16 de outubro de 2012
"Quando nos apaixonamos, ou estamos prestes a apaixonar-nos, qualquer coisinha que essa pessoa faz – se nos toca na mão ou diz que foi bom ver-nos, sem nós sabermos sequer se é verdade ou se quer dizer alguma coisa — ela levanta-nos pela alma e põe-nos a cabeça a voar, tonta de tão feliz e feliz de tão tonta."
Miguel Esteves Cardoso
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Contribuição para a estatística
Em cada cem pessoas:
sabendo de tudo mais do que os outros:
- cinquenta e duas,
inseguras de cada passo:
- quase todas as outras,
prontas a ajudar desde que isso não lhes tome muito tempo:
- quarenta e nove, o que já não é mau,
sempre boas porque incapazes de ser de outro modo:
- quatro; enfim, talvez cinco,
prontas a admirar sem inveja:
- dezoito,
induzidas em erro por uma juventude afinal tão efémera:
- mais ou menos sessenta,
com quem não se brinca:
- quarenta e quatro,
vivendo sempre angustiadas em relação a alguém ou a qualquer coisa
- setenta e sete,
dotadas para serem felizes:
- no máximo vinte e tal,
inofensivas quando sozinhas mas selvagens quando em multidão:
- isso, o melhor é não tentar saber nem mesmo aproximadamente,
prudentes depois do mal estar feito:
- não mais do que antes,
não pedindo nada da vida excepto coisas:
- trinta, mas preferia estar enganada,
encurvadas, sofridas, sem uma lanterna que lhes ilumine as trevas
- mais tarde ou mais cedo, oitenta e três,
justas
- pelo menos trinta e cinco, o que já não é nada mau,
mas se a isso juntarmos o esforço de compreender
- três,
dignas de compaixão:
- noventa e nove,
mortais:
- cem por cento,
número que, de momento, não é possível alterar.
Wisława Szymborska
sabendo de tudo mais do que os outros:
- cinquenta e duas,
inseguras de cada passo:
- quase todas as outras,
prontas a ajudar desde que isso não lhes tome muito tempo:
- quarenta e nove, o que já não é mau,
sempre boas porque incapazes de ser de outro modo:
- quatro; enfim, talvez cinco,
prontas a admirar sem inveja:
- dezoito,
induzidas em erro por uma juventude afinal tão efémera:
- mais ou menos sessenta,
com quem não se brinca:
- quarenta e quatro,
vivendo sempre angustiadas em relação a alguém ou a qualquer coisa
- setenta e sete,
dotadas para serem felizes:
- no máximo vinte e tal,
inofensivas quando sozinhas mas selvagens quando em multidão:
- isso, o melhor é não tentar saber nem mesmo aproximadamente,
prudentes depois do mal estar feito:
- não mais do que antes,
não pedindo nada da vida excepto coisas:
- trinta, mas preferia estar enganada,
encurvadas, sofridas, sem uma lanterna que lhes ilumine as trevas
- mais tarde ou mais cedo, oitenta e três,
justas
- pelo menos trinta e cinco, o que já não é nada mau,
mas se a isso juntarmos o esforço de compreender
- três,
dignas de compaixão:
- noventa e nove,
mortais:
- cem por cento,
número que, de momento, não é possível alterar.
Wisława Szymborska
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
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