segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O pardal e o inverno...

Riscaste-me do teu coração...
Será que algum dia lá estive?
Remeti-me ao silencio.
Dei o meu lugar, em tudo o que a ti me ligava
Tudo, menos no que sinto por ti.

É sincero, é único, é meu...
Era nosso...

Não é uma paixonite aguda, 
É intemporal, e não passa...
Não passou com os teus momentos maus,
Só me fez gostar mais,
Só me fez querer-te mais,
Só me fez querer construir algo... CONTIGO!


Mas apareceu um rouxinol,

E caiste nas notas musicais dele.
Senti-me um mero pardal, 
Que apenas chilrear sabe...
Mas ao menos o chilrear era sincero...
Sem tempo, sem interesses, sem possessividade...
Sem necessidade doentia de mostrar...
Sem marcações de território.


Mas...

Eu sou apenas o pardal...
O outro é o rouxinol...
Eu fico aqui na primavera...
No verão, no outono...
No inverno...
Faça chuva, neve ou sol,
Estou aqui, estou cá, estaria aqui para ti...
O rouxinol foge aos primeiros sinais de frio...
Não fica e enfrenta...


Mas...
Eu sou apenas o pardal...







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